O governador André Puccinelli (PMDB), irritado com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, por conta da briga sobre a liberação para o plantio de cana na Bacia do Alto Paraguai, disse nesta manhã que o ministro “é viado e fuma maconha”.
Ele disparou essa crítica ao ser questionado nesta manhã por líderes do setor do comércio e da indústria sobre o assunto.
Sobre a possibilidade do ministro vir a Mato Grosso do Sul para a maratona "Volta das Nações", Puccinelli foi ainda mais ácido.
"Se ele viesse, eu ia correr atrás dele e estuprar em praça pública", declarou, na governadoria.
Minc foi atacado nacionalmente depois que vídeo no You Tube mostrou ele dançando e pedindo a liberação da maconha.
Puccinelli lembrou ainda que Minc e o ministro Reinhold Stephanes divergiram sobre a liberação da plantação de cana na BAP.
A “bronca” de André com o ministro do Meio Ambiente se deve à procura pela obtenção do “selo verde”. André acusa Minc de vender Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para o capital internacional, em troca da certificação do etanol.
André alega que a plantação de cana em alguns setores na Bacia do Alto Paraguai não prejudica o meio ambiente.
Na prática, o ministro Carlos Minc diz que nenhum País vai querer comprar álcool produto de devastação da Amazônia e do Pantanal. Por isso, o governo federal está preocupado em vetar o plantio nos dois biomas e garantir o selo verde para o País.
O coordenador do ZEE, Sérgio Yonamine, disse na semana passada que o problema está no encaminhamento político que foi dado à questão.
“A questão política está acima das questões técnicas. O nosso ZEE está muito semelhantes ao Zoneamento Agroecológico do governo federal, o problema é que eles deixaram de analisar clima, solo, ar, ou seja, a parte técnica, estão englobando tudo e determinando que a cana não seja plantada no Pantanal”, detalhou.
Yonamine explicou que a extensão territorial de Mato Grosso do Sul é de 37,7 milhões de hectares, das quais 18,7 milhões situam-se na área conhecida como Alto Paraguai. Mais de 1,2 milhão de hectares seria perdido economicamente, pela proposta do governo federal.
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